Solenidade de Finados
- pascomcunha
- 2 de nov. de 2017
- 2 min de leitura

Os cristãos batizados são convidados a se santificar e os que decidem viver plenamente o mistério pascal de Cristo, não tem medo da morte. Porque Ele disse: “Eu sou a ressurreição e a vida”. (Jo 11, 25).
Para todos os povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas, para os cristãos, tem o gosto da esperança.
Dando sua vida em sacrifício e experimentando a morte, e morte na cruz, Ele ressuscitou, e salvou toda a humanidade. Esse é o mistério pascal de Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que para quem crê, for batizado e seguir Seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar com Ele a vida eterna no Reino do Pai.
Enquanto para todos os homens a morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira de duas certezas. A segunda é a ressurreição que nos leva a aceitar o fim da vida terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na Terra. Assim sendo, até quando Nosso Senhor Jesus Cristo estiver na glória de Seu Pai, estará destruída a morte e a Ele serão submetidas todas as coisas. Alguns são seus discípulos peregrinos na Terra, outros que passaram por esta vida estão se purificando e outros enfim gozam da glória contemplando Deus.
Os glorificados integram a Igreja triunfal e são todos os santos, os quais, nós, os integrantes da Igreja militante, cristãos peregrinos na Terra, comemoramos no dia primeiro de novembro. Os finados, interam a Igreja da purificação e são todos os que morreram sem se arrepender do pecado. O culto de hoje é especialmente dedicado à esses. Embora todos os dias, em todas as missas rezadas no mundo inteiro, há um momento em que se pede pelas almas dos que nos deixaram e aguardam o tempo profetizado e prometido da ressurreição.
A Igreja nos ensina que as almas em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia é dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. No sentido de nos fazer solidários para com os necessitados da Luz e também para reflexão sobre nossa própria salvação. Encontramos a celebração da missa pelos mortos desde o século V. Santo Isidoro de Sevilha, que presidiu dois Concílios importantes, confirmou o culto no século VII. Tempos depois, em 998, por determinação do abade Santo Odilo, todos os conventos beneditinos passaram oficialmente a celebrar “o dia de todas as almas”, que já ocorria na comunidade no dia seguinte à festa de Todos os Santos. A partir de então a data ganhou expressão em todo o mundo cristão.
Em 1311, Roma incluiu definitivamente o dia 02 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para celebrar “todos os finados”. Somente no inicio do século XX, em 1915, quando a morte a sombra terrível pairou sobre toda a humanidade, devido à I Guerra Mundial, o Papa Bento XIV oficiou o decreto para que os sacerdotes do mundo todo rezassem três missas no dia 02 de novembro, para todos os finados.
Comments